Conheça a plataforma Heatwave

Dados climáticos e saúde pública ao alcance de todos

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A mudança do clima está entre os maiores problemas ambientais da atualidade e foi listada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma das dez principais ameaças para a saúde global  antes da pandemia de COVID-19, além de ser uma barreira para se atingir os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), especialmente o ODS-3 (Saúde e Bem-estar) e o ODS-13 (Ação Global contra as Mudanças no Clima).

No Brasil, observa-se um aumento constante das temperaturas nos últimos 90 anos (Inmet), e a previsão é que isso continue nos próximos anos. As mudanças climáticas afetam diretamente a vida das pessoas, especialmente em áreas vulneráveis, como as regiões costeiras e os centros urbanos, e populações sensíveis, como crianças e idosos.

Um dos grandes desafios para enfrentar esse problema é o fortalecimento da vigilância em saúde nos impactos relacionados à variabilidade climática e aos eventos extremos. E isso inclui o desenvolvimento de ferramentas que possibilitem o acesso às informações estratégicas e combinem previsões meteorológicas e ações de saúde pública em tempo oportuno. Assim, surgiu a ideia da plataforma HeatWave-Brasil.

A proposta do projeto é identificar áreas potencialmente vulneráveis para ondas de calor e poluição do ar provenientes de queimadas no nosso território e fornecer uma ferramenta digital (em um primeiro momento de visualização) para o monitoramento de dados climáticos e de saúde com potencial para ser um sistema de alerta. O painel poderá apoiar e contribuir com informações para a tomada de decisões e redução de riscos e/ou implementação de medidas para redução de mortalidade por causa desses fatores.

Monitorar as ações da natureza consiste em entender seu comportamento e considerar seus impactos, viabilizando a adoção de políticas para sua redução e mitigação.

O que é monitorado

Nós mapeamos as ondas de calor, que são períodos prolongados de exposição a temperaturas extremamente elevadas com duração superior a mais de 2 dias. Esses eventos foram avaliados em relação à intensidade, à duração e frequência. Além disso, a poluição do ar proveniente de queimadas e incêndios florestais também foi avaliada dada a sua relação com as mudanças climáticas. Como sabemos, o aumento da temperatura e a redução da umidade relativa do ar podem intensificar o risco de incêndios florestais e, consequentemente, aumento da emissão de material particulado (PM, na sigla em inglês.

Esses eventos extremos climáticos se caracterizam pela intensidade e duração fora do comum em comparação com as condições esperadas de um período climatológico (20 a 30 anos anterior) de uma determinada região.

Esses eventos contribuem para um aumento na mortalidade e morbidade, especialmente em grupos vulneráveis, como idosos e crianças. Além dos impactos na saúde, as ondas de calor também podem causar problemas nos setores de energia elétrica e água potável, além de danos em colheitas e outras atividades agrícolas.

Ao registrar esses dados e analisar os dados históricos podemos identificar padrões e estar mais preparados para responder a seus impactos e mitigar seus efeitos adversos em tempo oportuno. Veja a seguir como o dashboard HeatWave abordará essas questões.

Dashboard

O Heatwave oferece um painel completo e interativo com apresentação de dados sobre as ondas de calor que passaram pelo território brasileiro nos últimos 32 anos (1990-2021). São apresentados indicadores relacionados à frequência (n° de ondas de calor por ano), intensidade (percentis climatológicos [90°, 95° e 99°] indicando valores acima do normal) e duração (dias consecutivos em que a temperatura esteve acima dos percentis estabelecidos). Os indicadores de intensidade e duração foram definidos de acordo com os efeitos na mortalidade em todas as idades, em idosos e por causas cardiopulmonares.

Além dos indicadores referentes às ondas de calor, o painel também apresenta um indicador de exposição à poluição do ar proveniente da queima de biomassa nos estados da Amazônia brasileira e seu entorno (Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal). Estão disponíveis para visualização a frequência com que os valores médios diários de PM2,5 ultrapassam 15 g/m³ (valores recomendados para a saúde humana, segundo a Organização Mundial da Saúde). Esse indicador está disponível para o período de 2010 a 2021 para todos os municípios das regiões mencionadas anteriormente.

Este painel está em desenvolvimento, com implementação de funcionalidades para apresentar informações estratégicas para gestores e sociedade civil, subsidiando a formulação de políticas públicas de enfrentamento aos impactos das mudanças climáticas e eventos extremos na saúde.

Equipe de Desenvolvimento Tecnológico e Computação Científica

Realização

Investidores

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